segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Desapegos

Tenho notado uma mudança constante dos meus hábitos e a forma como me porto diante determinadas idéias e pensamentos que tenho. 
Depois de assistir a ultima entrevista do David Belle para o Livewire, comecei a refletir sobre muitas de minhas atitudes (ou a falta delas) e percebi o quanto eu me saboto diariamente.

Ter uma idéia ou uma iniciativa é algo louvável e admirável, mas deixar de fazê-las e ficar se sabotando, arrumando mil e uma desculpas, são coisas que eu fazia o tempo todo e nem percebia, ou não dava importância no momento.
Após eu ter tomado consciência dessas coisas, juntei todas as idéias e iniciativas que nunca saíram do papel e o resultado foi assustador, uma enorme pilha de projetos e pensamentos realmente importantes tanto pra mim quanto pra outras pessoas...
Feito isso, eu passei a me policiar e me cobrar o tempo todo sobre tudo que faço e/ou deixo de fazer, a maior prova disso é esse texto, tive a faísca inspirativa em uma conversa informal e fiquei remoendo-a por horas, a ponto de pensar no clássico ‘’deixa pra depois’’.
Fazer com que essas coisas se tornem hábitos diários também é muito importante. Eu mesmo andava muito impaciente pra ler textos grandes, ver vídeos e tudo mais. Hoje consigo assistir documentários relativamente grandes sem muito esforço.
A criação ‘’física’’ deste blog me ajudou muito com isso, o hábito de escrever desencadeia outros envolvidos como ler e ouvir, e indo mais a fundo, os de entender e absorver.
Espero que assistam a entrevista, e espero que algo de bom mude em vocês como mudou em mim, ou que no mínimo os façam pensar e refletir, e quem sabe hoje ou amanhã acenda uma faísca que os levem a incendiar seus conceitos sobre tudo e todos.
Ps:  Quero agradecer mais uma vez, publicamente, toda comunidade do Parkour Brasileiro, mais especificamente aos que trabalharam no projeto de tradução dessa entrevista que por muito tempo foi aguardada e que sem dúvidas foi esclarecedora pra muita gente.

(Não vou citar nomes pra não acabar me esquecendo de ninguém e etc...)

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A tênue linha entre querer e fazer


Hoje estava treinando com um amigo, quando de repente chegou um carinha. Se não me engano, essa foi a terceira vez que ele me encontrou passando um treino de Parkour,e o papo é sempre o mesmo:
 ‘’Pô cara eu to muito afim de treinar com você, mas ta complicado por falta de tempo e tal.”
Minha resposta é basicamente a mesma, todas as vezes:
‘’Bacana cara, o primeiro passo é o mais importante. É ir ao treino e ter disposição mesmo. nós treinamos tal dia, tal horário. Temos grupo no face, e anota meu número aí. Posso até te buscar se for preciso.’’
Não dessa vez.
Assim que ele terminou sua frase ‘’ctrl+c ctrl+v’’, mudei minha abordagem e perguntei: Cara você quer treinar mesmo?
- Sim cara, eu quero, mas...
-Mas nada, cai pro chão aqui vamos pagar 10 flexões.
-Não cara porque eu to de calça jeans e sei lá não vim pra isso...
-Então você não quer treinar cara, para de procurar desculpas e vem pro chão comigo!
E ele foi, pagou duas flexões e se sentou num banco. Eu dei um tempo pra ele respirar e descontrair com o pessoal, quando passei por ele, o mesmo começou elogiar o treino e dizer que vai começar a treinar e a mesma ladainha de sempre.”
Eu ia perder a deixa?
-Vai começar ainda? Comece agora! Vem pro chão rapaz vamos pagar mais algumas!
E ele foi! Fizemos várias sessões. Ele curtiu as variações de flexões e com uma entonação confiante, prometeu que faria em casa os exercícios que lembrasse. Ainda ouvi ele dizendo para outro amigo:
‘’Que academia o que cara, com um treino deste tu não precisa de academia não!’’
Sinto que algo foi despertado em mim, talvez esse dia tenha ensinado muito mais a mim do que para o jovem gafanhoto do cerrado.
Esse muro gigantesco de 1mm de espessura e milhares de metros de altura entre o ‘’quero começar’’ e o ‘’vou comecei’’ é um assunto que não devemos subestimar.Precisamos tratar esta barreira com mais importância.

Desde o começo deste ano tenho feito mudanças que me geraram bons frutos, deixando os treinos mais interativos e divertidos, mas sem perder o foco do treino. Afinal, o Parkour pode ser divertido, mas não é uma brincadeira.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Começando do começo

E aí galerinha beleza?
Bom, esse é meu primeiro post aqui no blog, e pensei em começar explicando
mais ou  menos como pretendo movimentar este espaço.

Sobre o nome: Parkour do Mato é uma homenagem ao meu querido estado Mato Grosso, ao qual eu devo muito do que eu penso que sei sobre o Parkour e seus entendimentos práticos mais profundos.
Sinceramente eu penso em utilizar este espaço como um ''atalho para meus pensamentos'', pretendo
extrair o que for útil de discussões (saudáveis) de outras redes sociais e transferir minhas reflexões
sobre determinados assuntos para cá, como um ''resumo produtivo''. ounão

Espero com isso poder transmitir mais diretamente as coisas que penso e a maneira como eu lido

diante a determinadas posturas e/ou acontecimentos dentro do cenário do Parkour.  até porque eu não sou sempre o hu3hu3br que vocês acham

Abraços e bons treinos ~/°